sábado, 5 de outubro de 2024

Alexandre de Moraes cerca Pablo Marçal, o Marginal das eleições municipais

Ministro deu 24 horas para que o ex-coach preste depoimento sobre a série de crimes que vem cometendo no processo eleitoral

Alexandre de Moraes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo, a comparecer para prestar depoimento em até 24 horas, após reiteradas violações que incluem abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. A decisão, que foi compartilhada com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, aponta indícios contundentes de que Marçal, além de descumprir uma ordem judicial ao utilizar ilegalmente a plataforma X (antigo Twitter) durante o bloqueio, espalhou mentiras criminosas contra seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL).

Desde que o uso da plataforma foi vetado, a Polícia Federal vinha monitorando as atividades de Marçal. As investigações confirmaram que o candidato desrespeitou a proibição, mantendo-se ativo na rede para disseminar calúnias. “A conduta de Pablo Henrique Costa Marçal caracteriza abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, afrontando de maneira grave a legitimidade e normalidade do pleito eleitoral”, declarou Moraes em sua decisão, alertando que tais crimes podem levar à cassação de sua candidatura e à sua inelegibilidade.

O comportamento de Marçal, no entanto, vai além do abuso de poder econômico. Ele é acusado de ter forjado um laudo médico para difamar Boulos, afirmando que o adversário fazia uso de cocaína. A fraude foi revelada quando a filha do médico cuja assinatura aparece no documento, Aline Garcia Souza, denunciou publicamente a falsificação, já que seu pai, o doutor José Roberto de Souza, faleceu em 2022. “A assinatura no documento [de Marçal] não tem nada a ver com a do meu pai, que eu tenho tatuada nas costas”, afirmou Aline.

A Justiça Eleitoral, diante das provas irrefutáveis, ordenou a remoção imediata do conteúdo criminoso das redes sociais e abriu um inquérito para investigar a origem do laudo falsificado. A Polícia Federal já está realizando diligências para identificar outros envolvidos na propagação dessas mentiras e para punir os responsáveis. Marçal, conhecido por suas táticas sujas durante a campanha, utilizou vídeos nas redes sociais para difamar Boulos, e esse escândalo pode se tornar o golpe final em suas pretensões eleitorais.

Desde o início da campanha, Marçal vem se utilizando de práticas desonestas e ataques difamatórios para tentar manchar a reputação de seus adversários. Durante o debate na TV Globo, na última quinta-feira (3), Boulos apresentou um exame toxicológico ao vivo, desmentindo qualquer envolvimento com drogas, o que reforça a vileza das ações de Marçal.

Ao longo da decisão, Moraes deixou claro o perigo representado pelas ações de Marçal e a urgência de punições severas para assegurar a integridade do processo eleitoral. A postura inflexível do ministro visa coibir o uso de desinformação e discursos de ódio, que têm sido recorrentes nas campanhas eleitorais de 2024.

Este novo episódio reforça a imagem de Marçal como um político sem escrúpulos, disposto a recorrer a qualquer tipo de crime, incluindo a falsificação de documentos e a propagação de notícias falsas, para alcançar seus objetivos. A resposta firme do STF e do TSE mostra que não haverá tolerância para esse tipo de comportamento, e que os responsáveis serão exemplarmente punidos.

Fonte: Brasil 247

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