Ações de Javier Milei teriam levado à decisão do governo de Nicolás Maduro de suspender a custódia brasileira sobre a embaixada argentina
O governo da Venezuela cancelou a autorização que permitia ao Brasil atuar como responsável pela custódia da segurança e dos interesses da embaixada da Argentina em Caracas, segundo Caio Junqueira, da CNN Brasil.
A autorização havia sido concedida em agosto, após a Venezuela expulsar equipes diplomáticas de pelo menos sete países, incluindo Argentina e Peru, em resposta a acusações de fraude nas eleições presidenciais.
A revogação gerou apreensão entre militares brasileiros, que temem que a decisão possa levar à prisão de cidadãos argentinos que atualmente estão sob custódia do Brasil na embaixada.
Pedro Urruchurtu, membro da equipe de María Corina Machado que está asilado na embaixada argentina em Caracas, relatou nas redes sociais que patrulhas do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin) e do Corpo Nacional Bolivariano de Polícia (DAET), junto com oficiais encapuzados e armados, cercaram a Residência Argentina em Caracas, que estava sob proteção do governo brasileiro.
A decisão da Venezuela de cancelar a custódia teria sido motivada por dois eventos recentes. O primeiro foi a declaração do presidente da Argentina, Javier Milei, que criticou a suspensão do X no Brasil e acusou a Justiça brasileira de ser influenciada pelo governo Lula (PT), classificando a medida como um ato de opressão.
Além disso, a Venezuela reagiu à decisão da Argentina de solicitar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a emissão de mandados de prisão contra Nicolás Maduro e outros membros do governo venezuelano, anunciada na última sexta-feira (6). Esses acontecimentos contribuíram para o aumento das tensões diplomáticas e para a revogação do acordo de custódia.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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