Algoritmo da plataforma tem disseminado até conteúdos explicitamente nazistas
O comunicador Thiago dos Reis, usuário do X que vive no exterior, reportou um aumento significativo na presença de conteúdo de extrema-direita na plataforma após a suspensão de suas operações no Brasil, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Reis observou que, mesmo com sua conta configurada para silenciar certas figuras e temas, esses conteúdos passaram a aparecer frequentemente em sua linha do tempo, destacando nomes como Donald Trump e Elon Musk, além de menções a postagens de cunho nazista.
BATEU O DESESPERO!! Elon Musk mudou o algoritmo do Twitter e agora lá só entrega extrema-direita. Até CONTAS SILENCIADAS passaram a aparecer. Minha timeline virou: Nikolas, Trump, "Space Liberdade", Figueiredo, Trump, Elon Musk, post nazista, Nikolas, Trump... E assim por diante. TÁ EM PÂNICO!! 🤣🤣
— Thiago dos Reis (@thiagodosreis.bsky.social) Sep 2, 2024 at 3:02
A suspensão do X no Brasil, conforme veículos internacionais, foi uma resposta ao descumprimento de exigências legais por parte de Elon Musk. Publicações como The New York Times, The Washington Post, The Guardian e Le Monde repercutiram a medida, enfatizando sua legitimidade e necessidade. O New York Times apontou que a suspensão foi uma resposta direta à inobservância de Musk às ordens judiciais brasileiras, enquanto The Washington Post criticou Musk por comprometer um dos maiores mercados do X para apoiar Jair Bolsonaro e seguidores que promovem falsas narrativas de fraude eleitoral.
No Reino Unido, The Guardian analisou a decisão como uma medida necessária para controlar as ações de Musk, descrito como "fora de controle". Le Monde, por sua vez, considerou a decisão severa, mas previsível, dado o contexto de preparação de longo prazo e as investigações realizadas por Moraes, focadas na disseminação de informações falsas e na atuação de milícias digitais. Os relatos de Thiago dos Reis, somados à cobertura da mídia internacional, destacam os desafios contínuos na moderação de conteúdo e na governança das redes sociais.
Fonte: Brasil 247
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