Campos Neto era o dono da Cor Assets S.A., uma offshore no Panamá, paraíso fiscal situado na América Central
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro do STF Dias Toffoli (Foto: ABr)
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (3) encerrar três procedimentos administrativos abertos contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
As investigações estavam relacionadas a supostas violações éticas envolvendo a empresa offshore de Campos Neto, que haviam sido inicialmente reveladas pelos documentos conhecidos como "Pandora Papers". Campos Neto fechou a offshore em 2020, um ano após assumir a presidência do BC. No período, teve acesso a dados estratégicos, como câmbio e taxas de juros, capazes de afetar seus investimentos fora do país.
No entanto, Toffoli atendeu a um pedido da defesa de Campos Neto, que argumentou que os fatos já foram analisados e arquivados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na decisão, Toffoli ressaltou que a PGR, ao analisar os mesmos fatos, concluiu que não havia razões para instaurar um procedimento investigatório, uma vez que não encontrou indícios de infração penal ou qualquer conduta inadequada. Com base nisso, o ministro considerou desnecessário prosseguir com os procedimentos administrativos e determinou o arquivamento dos casos.
A decisão de Toffoli veio após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) ter cassado uma liminar que impedia a continuidade das investigações pela Comissão de Ética.
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