terça-feira, 3 de setembro de 2024

Pela primeira vez em sua história, Volkswagen cogita fechar fábricas e demitir na Alemanha

 

Sindicatos prometem combater a decisão da montadora, que enfrenta desafios na transição para os carros elétricos

Logo da Volkswagen (Foto: REUTERS/Fabian Bimmer/Arquivo)

A Volkswagen está avaliando o fechamento de fábricas na Alemanha, uma medida sem precedentes nos seus 87 anos de operação. A montadora alemã discutiu nesta segunda-feira (02/09) com o conselho de funcionários o possível encerramento de ao menos uma fábrica de veículos de grande porte e uma fábrica de componentes, com a intenção de reduzir bilhões em despesas. O CEO da empresa, Oliver Blume, citou que a indústria automotiva europeia enfrenta desafios significativos e considerou inevitáveis o fechamento de unidades e as demissões devido ao agravamento do ambiente econômico e a crescente concorrência, segundo reporta a agência Deutsche Welle.

A transição dos modelos de veículos movidos a combustíveis fósseis para os elétricos, apesar de mais ecológicos, apresenta menor lucratividade, o que agrava a situação financeira da empresa. Em 2023, a Volkswagen anunciou a necessidade de cortar cerca de 10 bilhões de euros em custos de produção. A estratégia de oferecer contratos reduzidos e pacotes de indenização para funcionários próximos da aposentadoria já não atende às metas de economia da empresa, levando ao término de um programa de segurança no emprego que vigorava desde 1994.

Confrontando os planos da diretoria, Daniela Cavallo, presidente do conselho dos trabalhadores, prometeu combater as medidas, descrevendo-as como um ataque direto ao emprego e à estrutura da empresa. A resistência também vem do sindicato IG Metall, que criticou as decisões como irresponsáveis. Thomas Schäfer, líder da marca Volkswagen, argumentou que os desafios aumentaram, necessitando de esforços redobrados para garantir o sucesso a longo prazo. A Volkswagen emprega cerca de 300 mil pessoas na Alemanha, representando quase metade de seus funcionários globalmente.

Fonte: Brasil 247

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