Investigação começa nesta semana e incluirá depoimentos de mulheres que acusam o ex-ministro de assédio
A direção-geral da Polícia Federal (PF) não divulgará o nome da delegada responsável pela investigação das denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, informa a jornalista Malu Gaspar do Globo. A decisão foi tomada para proteger a investigadora de possíveis ataques nas redes sociais, uma preocupação levantada após recentes episódios de intimidação sofridos por outros dois delegados da instituição envolvidos nos inquéritos das milícias digitais e da tentativa de golpe bolsonarista.
O anúncio de que uma mulher dirigirá o inquérito sobre o caso Silvio Almeida foi feito pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. "Mas vamos preservá-la", afirmou, explicando que a medida visa evitar que ela sofra um "linchamento" semelhante ao que ocorreu com os delegados Fábio Shor e Raphael Astini.
A investigação contra Almeida começa nesta semana e incluirá depoimentos de mulheres que acusam o ex-ministro de assédio sexual. Entre as denunciantes, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que teria relatado comportamentos inapropriados, como toques indevidos e comentários de teor sexual. Outras mulheres também formalizaram acusações por meio da organização Me Too Brasil.
Silvio Almeida, que foi exonerado do cargo na última sexta-feira (6), nega veementemente as acusações. Em nota e em vídeo divulgados após o surgimento das denúncias, ele afirmou não ter cometido qualquer ato de assédio. A substituta de Almeida no Ministério dos Direitos Humanos é a deputada estadual Macaé Evaristo, de Minas Gerais.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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