Bolsonaristas tentam coletar assinaturas mesmo apesar de recuo de Jair Bolsonaro
Parlamentares da oposição bolsonarista declararam nesta quarta-feira (4) que vão protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, na segunda-feira (9), aproveitando os atos de 7 de setembro para recolher assinaturas. Apesar disso, o próprio Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita, recuou nos ataques a Moraes, sugerindo que o impeachment não é o melhor caminho. A revolta da base bolsonarista se intensificou após as investigações do ministro sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e a recente decisão de banir a rede social X, de Elon Musk, por descumprimento de ordens judiciais.
Diante da dificuldade em avançar com o impeachment, especialmente após o apoio declarado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Moraes, a oposição tem mudado sua estratégia. Agora, os parlamentares pretendem travar as votações no Congresso após o ato, buscando obstruir a agenda governamental como forma de pressionar pela "verdadeira democracia", conforme exposto no manifesto de mesmo nome divulgado pelo senador Marcos Rogério.
A deputada Bia Kicis e o senador Marcos Rogério afirmaram que o foco da oposição será obstruir as pautas de votação e sair em defesa da "liberdade de expressão" e da anistia aos "perseguidos políticos". A oposição, que antes via no impeachment uma via viável, agora enfrenta resistência interna e institucional, buscando alternativas de pressão política.
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