Lula em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia. Foto: reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou as recentes projeções econômicas que apontam para um crescimento acima de 3% do PIB brasileiro em 2024, superando as expectativas iniciais.
Em entrevista à rádio Difusora Goiânia nesta sexta-feira (6), ele afirmou que sempre acreditou no potencial de recuperação da economia do país. “Tinha certeza de que o PIB brasileiro superaria as expectativas anunciadas no início do ano por analistas do mercado financeiro e da imprensa”, declarou.
Lula destacou que a inclusão social foi uma peça-chave para o sucesso econômico em seus governos anteriores e segue sendo a base para o crescimento atual.
“Quando eu saí da Presidência da República em 2011 e comecei a viajar o mundo para fazer palestra, todo mundo perguntava para mim: ‘presidente Lula, qual foi o sucesso do seu governo?’. Eu dizia: ‘o sucesso do meu governo se deve ao fato de que o pobre deixou de ser problema e passou a virar solução quando nós incluímos o pobre no Orçamento da União’. O que está acontecendo agora é exatamente isso”, explicou.
Segundo o presidente, o crescimento econômico é impulsionado pela demanda interna, ou seja, pela capacidade de consumo da população. Ele argumentou que os empresários só investem em locais onde há demanda por seus produtos.
“Qualquer empresário em qualquer parte do mundo só vai investir se ele fizer pesquisa de mercado e naquele lugar tiver possibilidade de consumo do produto que ele fabrica. Ele não vai fazer um frigorífico onde não se come carne, não vai vender gasolina onde não tiver carro”, afirmou na entrevista.
O petista voltou a defender a importância do consumo para a economia, rejeitando as críticas que recebe por priorizar a microeconomia. Veja a entrevista completa da Rádio Difusora com o presidente Lula:
“Tem uma briga imbecil nesse país de que ‘o Lula defende muito consumo, mas precisava defender a industrialização’. Ora, eu defendo o consumo porque somente com o consumo é que vai ter industrialização. Somente quando o povo tiver o direito de comprar, puder se vestir bem, se calçar bem, comprar material de boa qualidade para o filho, fazer sua casinha, ele vai comer melhor; é isso que gera consumo, que gera riqueza”, afirmou.
Por fim, sobre economia, ele enfatizou que a simplicidade é fundamental quando se fala de economia. Para ele, a circulação do dinheiro é o que faz a economia funcionar.
“O dinheiro tem que circular. O dinheiro tem que passar pela mão do povo. Quando o povo tem possibilidade de consumir, a economia dá certo. E é isso que está acontecendo no Brasil”, concluiu o presidente, otimista com as perspectivas de crescimento econômico para os próximos anos.
Fonte: DCM
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