A engenheira libanesa Maya Gharib, 23, se casaria em outubro
Família Gharib (Foto: Família Gharib/via Reuters)
A recente escalada de violência no sul do Líbano deixou um rastro de destruição e dor. Na segunda-feira (23), a engenheira libanesa Maya Gharib, 23, que estava prestes a se casar, foi morta junto com suas duas irmãs e seus pais durante um ataque aéreo israelense. O trágico incidente ocorreu na casa da família, localizada na cidade de Tiro, às margens do Mar Mediterrâneo. A informação foi confirmada por Reda Gharib, o único membro sobrevivente da família, em uma entrevista à agência Reuters, segundo o g1.
Reda, que atualmente reside no Senegal por motivos de trabalho, relatou os últimos momentos de seus entes queridos: "Eles estavam apenas sentados em casa, e então a casa foi atingida". A família estava envolvida nos preparativos para o casamento de Maya, que deveria ocorrer em outubro, quando o ataque os surpreendeu, transformando um momento de alegria em tragédia.
A ofensiva israelense, segundo as autoridades, tinha como alvo supostos depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah, mas a realidade no terreno tem sido de numerosas vítimas civis. O Ministério da Saúde do Líbano informou que os ataques já resultaram em mais de 550 mortes, incluindo pelo menos 50 crianças e 98 mulheres, no que foi o dia mais violento no país desde o fim da Guerra Civil, em 1990.
Ataques indiscriminados
Os ataques israelenses também atingiram outras áreas do Líbano, causando mais perdas familiares. Na cidade de Hanouiyeh, um bombardeio matou oito membros de uma mesma família, além de uma trabalhadora doméstica de origem gambiana. Um dos sobreviventes, Mohammad Saksouk, lamentou a perda de seu irmão Hasan e outros membros da família, criticando os ataques que descreveu como "indiscriminados". "Agora, estamos sem-teto. Estamos vivendo nas ruas", disse ele em uma entrevista por telefone, enquanto se abrigava temporariamente com outros sobreviventes.
O impacto humanitário
Além das perdas imediatas, o ataque israelense afetou profundamente o tecido social das famílias libanesas. O único sobrevivente da família Gharib, Reda, não pôde retornar ao Líbano para enterrar seus familiares devido ao cancelamento dos voos.
"Somos uma família nacionalista sem filiação partidária, embora, claro, apoiemos todos que resistem à agressão", declarou Reda, ressaltando que nenhum membro de sua família era associado ao Hezbollah. No entanto, após a tragédia, ele manifestou o desejo de que o Hezbollah continue lutando contra Israel "até a vitória" e sem negociações.
Fonte: Brasil 247 com informações do g1
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