A deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto – Reprodução/Twitter
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto para prestarem depoimento nesta quinta-feira (26), às 9h. Com informações do Valor, do jornal O Globo.
Ambos são acusados de envolvimento na invasão da rede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na qual foram emitidos documentos falsos. Assim, eles respondem pelos crimes de falsidade ideológica e invasão a dispositivo informático.
Em maio deste ano, os dois se tornaram réus após a Primeira Turma do Supremo, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa a parlamentar de ser a autora intelectual da manobra para emitir um falso mandato de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Reprodução/Conjur
De acordo com a denúncia apresentada ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli teria, de maneira “livre, consciente e voluntária”, coordenado a invasão aos sistemas institucionais do Poder Judiciário. Ela teria organizado e liderado o ataque, utilizando uma pessoa com conhecimentos técnicos, como Delgatti, para executar a operação.
Por sua vez, Walter Delgatti, agindo sob as ordens da deputada e também de maneira “consciente e voluntária”, teria invadido os sistemas do Judiciário entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, com o objetivo de adulterar informações.
Na última segunda-feira (23), algumas testemunhas arroladas pela PGR e pela defesa prestaram depoimentos em oitivas que foram presididas pelo juiz Rafael Henrique, auxiliar de Alexandre de Moraes, relator do processo.
Jean Hernani Guimarães Vilela, ex-assessor parlamentar de Zambelli na Câmara dos Deputados, negou que a parlamentar tenha indicado o hacker para administrar as redes sociais do gabinete e alegou que não sabia que ele exercia atividades ilegais de hackeamento: “Não sabia que Walter era a pessoa que era. Só estourou na mídia meses depois”.
Fonte: DCM com informações do jornal Valor
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