quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Milei ameaça privatizar Aerolíneas Argentinas em meio a greves sindicais

 

Governo argentino busca empresas privadas latino-americanas para assumir operações domésticas, caso greves continuem

Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Denis Balibouse/Pool)

O governo de Javier Milei deu um passo audacioso na crise envolvendo a Aerolíneas Argentinas, estatal de aviação do país. Nesta quinta-feira (19), o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, anunciou que o governo iniciou negociações com "várias empresas privadas latino-americanas" para a possível privatização das operações da Aerolíneas Argentinas. A medida foi apresentada como uma resposta à série de greves organizadas por sindicatos ligados à companhia, que exigem melhores condições salariais. A notícia foi divulgada pela Rede Argentina.

Adorni foi enfático em suas declarações, chamando os movimentos sindicais de "extorsão". "Gostaríamos de informá-los que, em vista das greves persistentes que afetaram cerca de 40 mil passageiros, o governo nacional iniciou conversações com várias empresas privadas latino-americanas para finalmente assumir a operação da Aerolíneas Argentinas, caso, é claro, a extorsão que os argentinos estão sofrendo com esse tipo de medidas continue", declarou o porta-voz em coletiva de imprensa.

A crise entre o governo e os sindicatos da Aerolíneas Argentinas vem se intensificando, com greves frequentes que prejudicam tanto as operações da companhia quanto milhares de passageiros. Na coletiva, Adorni deixou claro que a intenção do governo é privatizar as operações domésticas da companhia aérea, mantendo uma estrutura de voos internacionais sob controle estatal, caso as negociações com os sindicatos não avancem.

Histórico de privatizações

A Aerolíneas Argentinas já passou por um processo de privatização nos anos 1990, durante o governo de Carlos Menem, quando foi vendida à espanhola Iberia. Contudo, em 2008, a empresa voltou a ser controlada pelo Estado, em um movimento promovido pela então presidente Cristina Fernández de Kirchner. Esse retorno ao setor público gerou controvérsias e se tornou alvo de um litígio internacional, que segue até hoje.

Fonte: Brasil 247 com informações da Rede Argentina

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