quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Líder do PRTB aciona Justiça e pode acabar com candidatura de Marçal

 

O coach e candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal. Foto: Reprodução

Marcos de Andrade, secretário-geral do PRTB, apresentou uma ação que pode anular a candidatura do Pablo Marçal, filiado ao partido, à Prefeitura de São Paulo. O processo cita uma série de irregularidades que teriam sido cometidas pelo presidente da sigla, Leonardo Avalanche, aliado do coach acusado de ter elo com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

A ação foi direcionada à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, e pede a anulação de todas as convenções partidárias realizadas em municípios com mais de 200 mil habitantes (caso da capital paulista) além do afastamento do dirigente.

Andrade afirma que a chapa vencedora para comandar o PRTB após a morte de Levy Fidelix em 2021 foi eleita após uma intervenção. O documento aponta que Avalanche ignorou contatos de outros dirigentes e não convocou o Diretório Nacional para tomar a decisão sobre o candidato da sigla em São Paulo.

O atual dirigente também teria desfiliado “compulsoriamente” quase metade dos membros eleitos para a direção nacional da sigla às vésperas das convenções partidárias no estado de São Paulo.

“A inativação compulsória foi inegavelmente ilegal, um real ato ditatorial. Hoje, sabe-se que Leonardo Avalanche foi executor de um real golpe partidário, tendo enganado não apenas seus aliados e os demais com quem compôs a Chapa Renovação e Transparência, mas também seus oponentes, a exemplo de Aldineia Fidelix, para alcançar a presidência do PRTB”, diz a ação.

A candidatura de Marçal também foi autorizada em meio a uma manobra de Avalanche, segundo Andrade, e não teve assinaturas suficientes. A decisão de lançá-lo para a disputa ainda teria ignorado membros do diretório. “Essa exclusão viola os direitos de participação, desrespeita o estatuto do partido e corrompe a legitimidade do processo decisório”, aponta.

A ação acusa o presidente do PRTB de violar a lei política dos partidos, a Constituição Federal, o Estatuto Partidário e as próprias convenções partidárias da sigla.

Andrade também ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral de São Paulo pedindo a impugnação da candidatura de Marçal por conta das supostas irregularidades de Andrade. Ele pede a anulação da convenção municipal do partido por não ter autorização da direção nacional da legenda. Esse segundo pedido já foi negado pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz na última segunda (9).

Fonte: DCM

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