Fundado em 2019, o InoveBanco movimentou cerca de R$ 7 bilhões, conforme informações obtidas com a quebra de sigilo bancário da empresa
O empresário Patrick Burnett, dono do InoveBanco, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) sob acusação de lavagem de dinheiro por meio de uma fintech. Ele teria utilizado a empresa para movimentar grandes quantias, envolvendo transações com imóveis e veículos de luxo. A investigação aponta que instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (BC) que davam suporte às operações do InoveBanco são investigadas por não reportarem atividades suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As informações são do portal Metrópoles.
Fundado em 2019, o InoveBanco movimentou cerca de R$ 7 bilhões, conforme informações obtidas com a quebra de sigilo bancário da empresa. Durante seu período de atividade, Patrick Burnett tornou-se uma figura de destaque no meio empresarial, participando de grandes parcerias e assumindo a liderança do "Lide Inovação", grupo vinculado ao ex-governador João Doria. Após sua prisão, Burnett foi afastado dessa função.
A prisão do empresário ocorreu no âmbito da Operação Concierge, deflagrada em 28 de agosto, com o objetivo de deter 14 suspeitos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que totalizava R$ 7,5 bilhões. A investigação tem como foco o uso de fintechs que ofereciam serviços bancários, como transferências e contas, sem a devida regulamentação do Banco Central. Para operar, essas empresas utilizavam o suporte de instituições financeiras autorizadas.
Um dos métodos utilizados pelas fintechs envolvia o oferecimento de "contas gráficas", em que a titularidade real da conta não era associada ao usuário, mas ao CNPJ da instituição financeira. Esse tipo de conta é frequentemente utilizado para evitar bloqueios judiciais, facilitando operações irregulares e dificultando investigações de lavagem de dinheiro.
A PF aponta como um dos pivôs do esquema o contador Aedi Cordeiro, responsável pelo T10 Bank, instituição não autorizada usada pela empresa de ônibus UpBus, suspeita de elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), para movimentações milionárias.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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