‘Cuba continuará a defender seu direito soberano à independência e a construir o socialismo’, afirmou o chanceler Bruno Rodriguez
Brasil de Fato - O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodriguez, advertiu no sábado (28/09), na Assembleia Geral da ONU, sobre as “doutrinas militares agressivas de dominação, expansionismo e supremacismo” que estariam “minando a paz e a segurança internacionais”. Observando que o aumento vertiginoso dos gastos militares globais constitui um “perigo de uma hecatombe nuclear” que considerou “real e imediato”.
“Pelo nono ano consecutivo, os gastos militares globais estão aumentando, atingindo um recorde de US$ 2,44 trilhões (mais de R$ 13 trilhões) em 2023, inclusive no desenvolvimento de armas nucleares”, destacou, afirmando que “não haverá paz sem desenvolvimento”.
No contexto em que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável não serão alcançados, o chanceler cubano criticou setores políticos que tentam ignorar os acordos supranacionais.
“As crises são estruturais, determinadas pelo sistema imperialista e pela ordem internacional que nos é imposta. Nenhum problema será resolvido minando o caráter intergovernamental das Nações Unidas, como alguns querem, ou enfraquecendo seu papel essencial na promoção do desenvolvimento sustentável para todos”, enfatizou.
Entre as “crises estruturais”, citou a crescente desigualdade e o “avanço inexorável” das mudanças climáticas. Considerou que a crise multidimensional em que o planeta se encontra “confirma a tese de 1992 do presidente Fidel Castro Ruz”, quando em um famoso discurso no Rio de Janeiro disse que “uma importante espécie biológica corre o risco de desaparecer: o homem”.
“Somente a superação do imperialismo e do capitalismo e, nesse processo, a fundação de uma nova ordem internacional podem salvá-lo definitivamente”, assegurou o chanceler cubano.
“Uma ordem internacional justa e democrática que garanta a paz e “o equilíbrio do mundo”, o exercício do direito ao desenvolvimento por parte de todos os Estados; em condições de igualdade soberana, que amplie e fortaleça a participação e a representação dos países em desenvolvimento nos processos de governança, tomada de decisões e formulação de políticas em nível global; que proporcione o bem comum e a prosperidade de todos os povos, em harmonia com a natureza e o manejo sustentável dos recursos naturais, e que assegure o exercício de todos os direitos humanos para todas as pessoas”.
O bloqueio como uma forma de guerra - Rodriguez disse que o bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra Cuba “foi concebido como uma de suas principais armas de agressão para destruir a economia cubana”.
Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato
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