Presidente do BC ainda cobrou um "esforço fiscal" de cortes no ano corrente
Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cobrou nesta quinta-feira (26) do governo do presidente Lula que adote critérios internacionais para não alterar as contas públicas, em meio a uma tentativa do Ministério da Fazenda de incorporar receitas para impulsionar o resultado primário, contrariando o entendimento da autoridade monetária.
Uma das propostas do Ministério da Fazenda é utilizar os recursos esquecidos nos bancos, da ordem de R$ 8,56 bilhões, na contabilidade da meta de resultado primário. No entanto, projeções feitas pela Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) indicam que a meta de resultado primário não será atingida neste ano.
“A gente tem uma interação com o governo para dizer ‘olha, é importante a gente manter essa contabilidade dessa forma’, fica muito transparente, fica comparável entre os países”, disse em entrevista para explicar o Relatório Trimestral de Inflação. “É uma coisa que a gente já trabalha há bastante tempo, são critérios internacionais e é importante para a credibilidade do Brasil que a gente siga trabalhando dessa forma", afirmou. As declarações foram citadas pelo Infomoney.
Campos Neto cobrou ainda um "esforço fiscal" no ano corrente, acrescentando que o BC usa critérios do Fundo Monetário Internacional (FMI) para calcular os dados, indicando que favorece mais cortes nas contas públicas.
Fonte: Brasil 247
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