Em um comício em Goiânia, Jair Bolsonaro chamou Ronaldo Caiado de "governador covarde"
Jair Bolsonaro (mais destaque) e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação I Agência Brasil)
O cenário político goiano volta a esquentar com mais um embate entre Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Em evento realizado na quarta-feira (25), em Goiânia, Bolsonaro elevou o tom ao criticar, sem mencioná-lo diretamente, a postura de Caiado durante a pandemia de Covid-19. Ele se referiu ao governador como “covarde”, reacendendo tensões que, nos últimos meses, pareciam ter sido amenizadas entre os dois. A notícia foi divulgada por fontes próximas a Caiado, que relataram a Bela Megale, do jornal O Globo, sua insatisfação com os comentários.
Durante o comício, Bolsonaro, ao lado do deputado federal Gustavo Gayer e do candidato à prefeitura de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, voltou a defender sua postura crítica em relação às medidas de isolamento social adotadas por governadores durante a pandemia. “Fui contra governadores que falavam ‘fiquem em casa, a economia a gente vê depois’. Governador covarde! Governador covarde! O vírus ia pegar todo mundo, não tinha como fugir do vírus”, declarou, em alusão às medidas de contenção do vírus que Caiado, entre outros governadores, implementou à época.
Caiado, por sua vez, não escondeu sua frustração. Fontes próximas ao governador revelaram que ele lamentou o retorno de Bolsonaro ao tema da pandemia e às críticas às vacinas, argumentando que “Bolsonaro não tem jeito”. Para o governador, que vinha tentando reconstruir uma relação com Bolsonaro visando uma possível candidatura à Presidência em 2026, a declaração de Bolsonaro foi um golpe nos esforços de aproximação que estavam sendo feitos ao longo do ano.
Esse embate não é novo. A relação entre Bolsonaro e Caiado já passou por altos e baixos. No início do ano, o ex-mandatário chegou a vetar a entrada de Caiado no PL, o que representou um primeiro sinal de que a aliança entre os dois poderia ser frágil. Contudo, Caiado deu sinais de querer apaziguar a situação ao participar de eventos em apoio a Bolsonaro, como o ocorrido em fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, onde discursou em defesa do ex-presidente. Além disso, o governador goiano chegou a fazer declarações públicas ressaltando a força política de Bolsonaro, o que, momentaneamente, parecia ter diminuído a tensão.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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