As legendas de esquerda continuam dominando o modelo. Veja como funciona
Partidos da direita e da centro-direita concentraram 26% das candidaturas coletivas este ano. Em números absolutos, os grupos de direita subiram de 25 para 48, e os de centro, de 17 para 25, conforme mostrou o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) extraídos em 16 de agosto. As legendas de esquerda continuam dominando o modelo, mas caíram de 83% para 74% das candidaturas coletivas. As candidaturas coletivas surgiram para aumentar a força de mulheres, negros e da comunidade LGBTQIA+ em eleições.
Na candidatura coletiva, apenas uma pessoa concorre oficialmente. Se eleita, nomeia as outras como assessoras, que exercem o mandato como "covereadores". Em 2021, a Justiça Eleitoral autorizou a menção a grupos no nome de urna, mas reforçou que o registro continua sendo individual. Os relatos foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.
Foram 280 candidaturas coletivas registradas em 2024, quantidade menor em comparação com a última eleição municipal (327), mas igual proporcionalmente (0,05% do total de candidatos). Em 2016, haviam sido apenas 71, e em 2012, menos de 7.
"Se deu certo para alguns, é normal que outros grupos tentem se aproveitar da estratégia [para somar votos]", afirmou Débora Thomé, pesquisadora do FGV Cepesp (Centro de Estudos em Política e Economia Públicas). A analista afirmou que ainda existe muita dificuldade na execução do mandato coletivo. "É muito comum que acabem se desfazendo."
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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