Avaliação é a de que ex-presidente trouxe à tona questão que já havia sido superada
Os recentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), causaram mal-estar entre aliados e caciques do PL, especialmente em um momento em que todos projetam um palanque para as eleições de 2026. Durante um ato em Goiânia, o ex-presidente disparou ofensas contra o governador, chamando-o de “covarde”, reacendendo uma antiga rusga que muitos acreditavam já superada.
Aliados próximos a Bolsonaro ouvidos pelo Globo manifestaram preocupação com a postura agressiva, que pode prejudicar a unidade necessária para a formação de um palanque da direita. Caiado, que já manifestou interesse em concorrer ao Planalto e busca apoio do ex-presidente, se vê em uma posição delicada. Mesmo que não seja o candidato oficial da direita, a presença dos principais expoentes do segmento juntos em um único palanque é vista como essencial.
O desconforto se intensificou por conta de um ato de campanha para o candidato a prefeito Fred Rodrigues (PL), apadrinhado pelo deputado Gustavo Gayer (PL), que enfrenta dificuldades nas eleições em Goiânia.
Ataque foi motivado por postura de Caiado na pandemia
A repercussão das declarações de Bolsonaro, feitas de maneira espontânea e sem planejamento, foi avaliada como prejudicial, especialmente porque resgatam críticas passadas relacionadas à pandemia de Covid-19. Durante esse período, Caiado chegou a romper com Bolsonaro devido às medidas adotadas para conter a disseminação do vírus.
Embora o governador não tenha comentado publicamente os ataques, fontes próximas a ele revelaram que Caiado expressou descontentamento com as declarações do ex-presidente, reclamando que Bolsonaro insiste em discutir temas como vacinas e a pandemia, afirmando que “Bolsonaro não tem jeito”. A tensão entre eles levanta dúvidas sobre a possibilidade de um apoio mútuo em um cenário eleitoral futuro.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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