Película de Walter Salles desponta como forte candidata ao principal prêmio do festival, o Leão de Ouro
"Ainda Estou Aqui", o mais novo filme de Walter Salles, teve sua primeira exibição pública no Festival de Veneza na manhã deste domingo (1), atraindo cerca de 1.500 espectadores. A recepção calorosa sugere que o filme é um forte concorrente ao Leão de Ouro de 2024, informa a jornalista Teté Ribeiro na Folha Ilustrada
O longa é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, e traz uma a história da ditadura militar brasileira, focando na vida de Eunice Paiva, mãe do escritor. Interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes fases da vida, Eunice emerge como uma figura resiliente e inspiradora, enfrentando a perda do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, e a própria luta contra o Alzheimer.
Com uma duração de duas horas e quinze minutos, o filme se passa em três períodos distintos da vida de Eunice, explorando desde a vida da família Paiva no Rio de Janeiro nos anos 1970 até o impacto do Alzheimer em seus anos finais. A atuação de Fernanda Torres como Eunice jovem e de Fernanda Montenegro em sua velhice foi altamente elogiada, destacando a intensidade e sutileza com que ambas retrataram as diferentes facetas de uma mulher marcada pela dor, mas também pela força.
Walter Salles, conhecido por filmes como "Central do Brasil" e "Terra Estrangeira", traz uma abordagem pessoal ao longa, tendo ele mesmo uma conexão próxima com a família Paiva desde sua adolescência. O diretor revelou que a história do filme começou a ganhar forma a partir de suas próprias memórias de convivência com os Paiva durante sua juventude, tornando o projeto ainda mais íntimo e autêntico.
[Com informações da reportagem de Teté Ribeiro na Folha Ilustrada].
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