Toffoli encerrou três procedimentos no âmbito da Comissão de Ética Pública da Presidência que poderiam atingir Campos Neto e Paulo Guedes
A Advocacia-Geral da União (AGU) deve recorrer da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que encerrou três procedimentos administrativos no âmbito da Comissão de Ética Pública da Presidência. Esses procedimentos poderiam resultar na investigação de offshores ligadas a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e Paulo Guedes, ex-ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de Toffoli inviabilizou a realização de uma sessão extraordinária da Comissão de Ética, que estava marcada para esta quarta-feira. No entanto, a expectativa é que a AGU apresente recurso contra a decisão nos próximos dias, buscando reverter o quadro, informa Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Os processos envolvendo Campos Neto e Guedes começaram em 2019, após a revelação de que ambos possuíam offshores em paraísos fiscais. A descoberta foi feita pelo Pandora Papers, um consórcio internacional de jornalistas que revelou documentos vazados sobre personalidades e autoridades com contas em paraísos fiscais.
Durante a gestão Bolsonaro, os procedimentos na Comissão de Ética pouco avançaram. Já no governo Lula, Campos Neto obteve uma decisão da 16ª Vara Federal Cível de Brasília que suspendeu as apurações. Agora, com a decisão de Toffoli, as investigações que vinham sendo travadas ficam definitivamente encerradas, a menos que o recurso da AGU seja acolhido.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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