Governo Maduro já prendeu mais de duas mil pessoas em resposta às manifestações
Os protestos ocorridos na Venezuela após a reeleição do presidente Nicolás Maduro resultaram em 25 mortes e 192 feridos, de acordo com o procurador-geral Tarek William Saab.
As manifestações, que começaram após o anúncio da vitória de Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), foram marcadas por violência, especialmente em Caracas e Aragua, onde ocorreram a maioria das mortes. Dois membros da Guarda Nacional Bolivariana estão entre as vítimas.
Saab afirmou que os protestos foram caracterizados por atos criminosos e terroristas, com o uso de armas de fogo, facas e bombas incendiárias. Segundo ele, mais da metade dos feridos são funcionários das forças de segurança do Estado. O governo prendeu mais de 2 mil pessoas em resposta às manifestações.
As eleições, que garantiram a Maduro um terceiro mandato com 52% dos votos, foram criticadas por observadores internacionais, como o Centro Carter, que apontou falta de imparcialidade no processo. A oposição alega que Edmundo González Urrutia, candidato apoiado pela líder opositora María Corina Machado, foi o verdadeiro vencedor, com 67% dos votos.
Apesar da pressão internacional, incluindo um apelo da ONU para que a repressão cesse, o governo Maduro continua a classificar as manifestações como atos de terrorismo. Saab comparou a situação na Venezuela à guerra na Ucrânia, acusando os Estados Unidos de financiar tentativas de desestabilizar o governo venezuelano. Ele também sugeriu que os protestos fazem parte de uma “escalada golpista” contra um governo legitimamente eleito.
A ONU, por sua vez, pede investigações sobre as mortes nos protestos e alerta para o possível uso abusivo da força por parte das forças de segurança, além de uma suposta conivência com civis armados. A comunidade internacional continua a monitorar a situação na Venezuela, pressionando por justiça e responsabilização dos envolvidos nos atos de violência.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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