domingo, 25 de agosto de 2024

Venezuela: Lula solta nota com Petro cobrando “atas desagregadas por seção de votação” e “credibilidade”

 

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e Lula

Brasil e Colômbia têm colaborado desde o começo da crise na Venezuela. O México participava das negociações, mas o presidente Andrés Manuel López Obrador optou por se retirar do processo de mediação.

Após uma reunião entre os presidentes, representantes dos dois países prosseguiram com as discussões para formular uma posição conjunta.

O Itamaraty tem defendido na necessidade de transparência do pleito venezuelano e pretende divulgar uma nota nos próximos dias. Dez países latino-americanos, EUA, OEA e a União Europeia rejeitaram a decisão do TSJ na sexta-feira (23). A lista inclui Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

Neste sábado, 24, o presidente Lula soltou uma nota dizendo que ele e Gustavo Petro “permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”:

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mantiveram ontem e hoje (23 e 24/8) conversas telefônicas sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela.

Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade.

Como países vizinhos diretamente interessados na estabilidade da Venezuela e da região, e testemunhas dos Acordos de Barbados, Brasil e Colômbia mantêm abertos seus canais de comunicação com as partes e reiteram sua disposição de facilitar o entendimento entre elas.

Brasil e Colômbia tomam nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral. Reiteram que continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE, das atas desagregadas por seção de votação. E relembram os compromissos assumidos pelo governo e pela oposição mediante a assinatura dos Acordos de Barbados, cujo espírito de transparência deve ser respeitado.

Manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis.

Fonte: DCM

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