Além do ouro no solo, a ginasta brasileira conquistou medalhas de bronze por equipes, prata no individual geral e prata no salto
(Reuters) - Rebeca Andrade deixa Paris com quatro medalhas e o "título" de maior medalhista olímpica da história do Brasil. Aos 25 anos, a ginasta se destacou nos Jogos Olímpicos de 2024 pela precisão e calma com que executou seus movimentos.
"Às vezes eu morro de medo, é normal, faz parte do ser humano, mas tem dias que são mais leves e eu senti que todos os dias aqui foram muito leves, sabe?", disse Rebeca, de acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), após conquistar a medalha de ouro no solo nesta segunda-feira.
A brasileira superou a lenda norte-americana Simone Biles ao conseguir a nota 14,166. Biles ficou com a prata com a nota 14,133 depois de cometer dois erros, e Jordan Chiles, também dos Estados Unidos, levou o bronze com 13,766. No pódio, as duas norte-americanas reverenciaram Rebeca.
Além do ouro no solo, a ginasta brasileira conquistou medalhas de bronze por equipes, prata no individual geral e prata no salto, sendo superada apenas por Biles nestas provas individuais.
Rebeca, ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio, soma agora seis medalhas olímpicas, ultrapassando os iatistas Robert Scheidt e Torben Grael, que têm cinco cada, como atleta brasileira com mais medalhas olímpicas na História.
"Eu estou muito feliz e muito honrada por hoje estar nessa posição. É algo que é muito difícil de ser conquistado. A gente treina bastante, luta bastante, bate diversas vezes no quase e, às vezes, não acontece", declarou Rebeca.
"Então realmente é uma honra mesmo poder representar, poder mostrar que é possível e acredito que quando você tem uma equipe que luta pelo mesmo sonho que você e que quer as mesmas coisas que você, as coisas acontecem."
No solo, prova que encerrou a ginástica artística em Paris, Rebeca simplificou ligeiramente a série em relação à classificatória, sem o Sem Mãos Tsukahara na primeira passada. Os demais elementos foram mantidos, e a execução levantou a Arena Bercy pela graciosidade ao som de Beyoncé e Anitta.
Essa pode ter sido a última apresentação de Rebeca no solo em uma competição oficial. Ela afirmou que não deve mais disputar o aparelho por exigir muito de seu corpo, apesar de ressaltar que o "futuro a Deus pertence".
"Eu curti, eu vivi Paris e terminei com chave de ouro, então eu estou explodindo", disse ela em entrevista à TV logo depois de receber a medalha.
Fonte: Brasil 247
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