Extrema direita venezuelana disse que Maduro perdeu, mas CNE defende legitimidade do pleito
O prazo legal de 72 horas se esgotou e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não divulgou o resultado das eleições no país, com o total de votos, nem liberou as atas eleitorais, para confirmar que Nicolás Maduro realmente venceu a eleição, informa o Blog do Valdo Cruz, no portal g1.
Nesta segunda-feira (29), com 80% das urnas apuradas e o resultado considerado já irreversível, o CNE proclamou Maduro como reeleito. As regras do CNE determinam que o total dos votos seja divulgada até 72 horas após a eleição.
No caso das atas eleitorais, ele teria mais prazo, mas o próprio Conselho chegou a prometer que elas seriam divulgadas dentro do mesmo prazo. Mesmo porque, como o sistema na Venezuela também é eletrônico, os boletins de urnas já teriam de ser divulgados e as atas já teriam de estar prontas.
Enquanto isso, Brasil, Colômbia e México não chegaram a um acordo para divulgar um comunicado conjunto cobrando a divulgação das atas eleitorais.
Enquanto a Colômbia pede uma auditoria internacional sobre o resultado das eleições venezuelanas, o Brasil prefere que conste no comunicado uma checagem imparcial do resultado.
Irritados com a demora, os Estados Unidos subiram o tom contra o presidente da Venezuela e disseram que sua “paciência está acabando” diante da demora do CNE em divulgar as atas das eleições, ameaçando tomar medidas contra a Venezuela caso o país não prove que Maduro foi mesmo o vencedor no pleito.
Na América do Sul, alguns países — inclusive o Brasil — são contra qualquer tipo de interferência na política interna da Venezuela — em nome do direito de autodeterminação dos povos — e também contra o aumento de sanções econômicas, o que agravaria a crise no país sul-americano provocada pelas mesmas.
Fonte: Brasil 247
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