O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, disse nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa, que os próximos editais de concessão de rodovias no estado darão preferência a empresas que utilizem o sistema free flow de cobrança de pedágio. Por meio desse sistema, não há parada ou redução da velocidade para pagamento da tarifa. A cobrança é feita quando os veículos passam sob um pórtico com sensores sobre todas as faixas que identificam os veículos por meio de TAGS ou mesmo das placas.
Os próximos editais serão dos lotes 3 e 6, que correspondem à Rodovia do Café e à região Oeste do Paraná. Sandro Alex disse que hoje já há essa tecnologia entre as empresas do setor que atuam no país, algumas com testes bastante avançados, e que esse será um critério utilizado na escolha das próximas concessões. “Vamos dar preferência ao free flow. As cobranças automáticas trazem mais segurança e fluidez ao tráfego”, disse antes da reunião que discutiu alternativas de fiscalização das obras do pedágio organizada pela Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia, Geociências e da Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa.
Essa questão da fluidez do sistema free flow ganha mais relevância depois da volta da cobrança do pedágio nas rodovias dos lotes 1 e 2, pelas empresas Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro. Sobretudo na praça de pedágio de São Luiz do Purunã, na BR-277, sob administração da Via Araucária, a cobrança tem provocado a formação de longas filas, que acabam se refletindo em congestionamentos ao longo de boa rodovia.
Sandro Alex também falou sobre “apontamentos” do TCU (Tribunal de Contas da União em relação aos lotes 3 e 6. Ele entende que tudo está sendo resolvido e que não deverá haver atraso no lançamento dos editais, que devem sair ainda no segundo semestre deste ano.
A reunião da frente contou com a participação de entidades do setor produtivo, como a Fiep – Federação das Indústrias do Paraná. O superintendente da Fiep, João Arthur Mohr, falou sobre a formação da comissão tripartite que deverá ser formada para acompanhar as obras dos lotes 1 e 2. “No passado não houve acompanhamento pela sociedade, mas agora a comissão está para ser formada”, disse.
O deputado Fábio Oliveira (Podemos), coordenador da Frente Parlamentar, em entrevista antes da reunião, disse que houve lições boas e outras não tão boas nos processos de concessão dos lotes 1 e 2, que podem servir de lição para os próximos lotes. Segundo ele, é positivo o fato de que as duas concessionárias dos primeiros lotes – Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro – têm demonstrado boas intenções e até antecipado obras.
De ruim, ele cita a desobrigatoriedade, nos primeiro editais, de que as obras começassem antes do início da cobrança do pedágio. E também a desobrigação de garantir a conexão de internet em todo o trecho sob concessão. Essas duas questões devem ser corrigidas nos próximos editais, disse ele.
Fonte: Bem Paraná com informações da jornalista Martha Feldens
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