Além do problema no sistema de ar-condicionado, houve também um atraso na decolagem devido a uma inconsistência no peso das bagagens
Um dia antes do trágico acidente aéreo que deixou 62 mortos no interior de São Paulo, passageiros de um voo anterior, realizado pela mesma aeronave, relataram problemas técnicos a bordo. A aeronave, pertencente à companhia Voepass Linhas Aéreas, operou um voo de Rio Verde, em Goiás, para Guarulhos, e enfrentou dificuldades que incluíram falhas no ar-condicionado, causando grande desconforto aos passageiros.
De acordo com relatos à TV Anhanguera, conta o g1, os passageiros enfrentaram um calor intenso durante o voo, que só foi aliviado no final da viagem. "Estava bem quente. Eu até me assustei porque, geralmente, quando você entra dentro do voo, está tudo preparado para receber [os passageiros]. Foi esfriar no finalzinho, chegando em Guarulhos", afirmou a empreendedora Ângela Espíndola, uma das passageiras do voo.
Além do problema no sistema de ar-condicionado, houve também um atraso na decolagem devido a uma inconsistência no peso das bagagens. Segundo os passageiros, a equipe de solo precisou refazer a pesagem, pois o peso total estava acima do permitido, mesmo após a pesagem inicial.
O servidor público Cleiton Feitosa também estava no voo e descreveu a situação dentro da aeronave como "insuportável". "Ele estava todo suado. Não era suado de suor normal. Ele estava tomando um 'banho de suor', porque dentro do avião o calor estava insuportável", relatou.
No dia seguinte, a mesma aeronave, um ATR-72 da Voepass, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP), por volta do meio-dia. Nenhuma das 62 pessoas a bordo sobreviveu ao impacto.
A Voepass, por meio de uma nota oficial, informou que a aeronave estava em perfeitas condições operacionais e que todos os sistemas estavam aptos para o voo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a aeronave possuía todos os certificados em dia e que não havia nenhuma restrição operacional.
As investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), enquanto as autoridades monitoram o atendimento às famílias das vítimas. A Voepass não respondeu às perguntas sobre os problemas relatados pelos passageiros no voo anterior ao acidente até a última atualização desta matéria.
Fonte: Brasil 247
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