segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Maduro denuncia que Venezuela enfrenta um golpe de Estado 'ciberfascista'

 

Presidente venezuelano afirmou neste domingo que setores de oposição tentam "ferir de dentro as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para dividi-las"

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Foto: Palácio de Miraflores/via REUTERS)

Sputnik Brasil - O presidente reeleito Nicolás Maduro denunciou neste domingo (4) que a Venezuela enfrenta um golpe ciberfascista que busca dividir a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Desde a divulgação do resultado eleitoral, quando Maduro venceu o opositor Edmundo González Urrutia, o país enfrenta dificuldades.

"Eu falo de um golpe cibernético, neste caso um golpe de Estado ciberfascista criminoso […] para eles é vital ferir de dentro as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, tentar dividi-las, desmoralizá-las, desmobilizá-las, porque elas ainda acreditam que os militares venezuelanos estão subordinados às ordens da oligarquia de sangue azul ou do império norte-americano", expressou Maduro durante um discurso em um evento militar.

O mandatário detalhou que o ataque é realizado através das diversas redes sociais. "A campanha de assédio cibernético acontece nas contas do WhatsApp, através de chamadas e mensagens [...]. Nada de novo que não tenhamos visto em outros filmes, nada de novo que não tenha feito (Juan) Guaidó, quando tentaram invadir o país a partir da Colômbia", comentou.

Sobre isso, Maduro assegurou que as Forças Armadas estão coesas, unidas e em "combate pela paz, pela democracia e pela Constituição". Da mesma forma, parabenizou a Guarda Nacional Bolivariana por garantir a ordem e a segurança após os protestos em torno das eleições presidenciais de 28 de julho.

O Conselho Nacional Eleitoral divulgou na sexta-feira (2) um segundo boletim com 96,87% das atas apuradas, no qual confirmou a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, em comparação com González, que teria obtido 43,18%.

De acordo com o órgão, as eleições tiveram uma participação de 12.386.669 eleitores, equivalente a 59,97% do eleitorado. Já a Plataforma Unitaria Democrática (PUD, centro), sob a qual González se apresentou, rejeitou os resultados e anunciou o ex-diplomata como "presidente eleito".

Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai se recusaram desde o início a reconhecer a reeleição de Maduro, o que levou Caracas a retirar imediatamente o corpo diplomático desses países e a expulsar as missões presentes na Venezuela.

No início da última semana, o Governo do Peru reconheceu González como "presidente eleito" da Venezuela, o que levou Caracas a romper relações diplomáticas com Lima. Panamá, por sua vez, suspendeu as relações com a Venezuela.

Fonte: Brasil 247

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