quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Maduro conversa por telefone com Lula em meio a discussões sobre resultado das eleições venezuelanas

 

Telefonema foi um pedido de Maduro e a expectativa é de que o contato ocorra nesta quinta-feira

Lula e Nicolás Maduro (Foto: REUTERS)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, requisitou uma conversa por telefone com o presidente Lula (PT). De acordo com informações apuradas pela CNN Brasil, o contato telefônico deve ocorrer nesta quinta-feira (1), mas ainda sem um horário definido. O pedido foi encaminhado ao Palácio do Planalto pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, segundo integrantes do governo brasileiro. Em entrevista à TV Centro América, Lula declarou que reconhecerá o resultado das eleições na Venezuela quando houver certeza de que as atas eleitorais são autênticas.

O Brasil também está em negociação para divulgar uma declaração conjunta com a Colômbia e o México sobre o processo eleitoral na Venezuela. Esses países já se manifestaram individualmente pedindo transparência nos resultados, mas uma posição unificada dos governos de esquerda poderia aumentar a pressão sobre Maduro. Os presidentes Lula, o colombiano Gustavo Petro, e o mexicano André Manuel López Obrador ainda mantêm diálogo com o governo de Maduro.

O Centro Carter, uma organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, emitiu uma nota na última terça-feira (30) afirmando que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas. Ainda conforme a reportagem, o posicionamento do Centro Carter está sendo levado em conta pelo Brasil, embora o governo tenha evitado um alinhamento imediato.

Por outro lado, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou na noite desta quarta-feira (31) uma resolução que aumentaria a pressão sobre a Venezuela e Nicolás Maduro. A votação terminou com 17 votos a favor, 17 abstenções, nenhum contra e cinco ausências.

O Brasil foi um dos países que se absteve, assim como Bolívia, Colômbia, Honduras e várias nações caribenhas. O México, que compartilha uma posição semelhante à do Brasil, esteve ausente. Em contrapartida, países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos e Canadá votaram a favor da resolução.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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