sexta-feira, 23 de agosto de 2024

“Lula não é de esquerda, é um social-democrata”, afirma Jaques Wagner

 

Lula e Jaques Wagner. Foto: Divulgação

Durante um jantar promovido pelo grupo de empresários Esfera Brasil na quinta-feira (22), o senador Jaques Wagner (PT-BA), um dos aliados de longa data do presidente Lula, afirmou que o ele não é uma figura tradicional da esquerda, mas sim um “social-democrata clássico”.

Segundo o parlamentar, o presidente não segue rigorosamente os textos teóricos da esquerda, mas possui um forte senso de justiça social e uma obsessão em melhorar a vida das pessoas.

Wagner destacou que Lula não tem nada contra o lucro, o sucesso ou a prosperidade, seja de empresas ou indivíduos, mas lamentou que o cenário político atual tenha promovido uma dicotomia entre essas ideias. Para o senador, apesar da polarização política, o governo adota uma linha conservadora.

“Para mim, o Lula não é uma pessoa de esquerda. Ele é um social-democrata clássico. Ele não leu os livros tradicionais da esquerda. O que ele tem é um senso de justiça social, uma obsessão de fazer a vida das pessoas melhorar. Ele não tem nada contra o lucro, contra o sucesso, contra a prosperidade de empresas ou de pessoas, mas, infelizmente, foi tudo dicotomizado”, afirmou o senador.

Jaques Wagner. Foto: Divulgação

O senador citou sua própria experiência como governador da Bahia para ilustrar a abordagem pragmática do governo. “Governei o estado da Bahia por oito anos e eu digo que o estado da Bahia é o estado com maior número de PPPs entre os estados brasileiros. De hospital a saneamento, estádio de futebol, metrô, foi tudo feito na PPP”, afirmou ele.

Wagner também comentou sobre a condução da política econômica do governo atual, afirmando que não acredita em mudanças drásticas na economia.

Ele relembrou a postura do presidente em seu primeiro mandato, quando Lula, mesmo diante de uma promessa de campanha, manteve a decisão de não conceder aumento real ao salário mínimo nos primeiros dois anos, seguindo as orientações da equipe econômica liderada por Antonio Palocci e Henrique Meirelles. Wagner, que era ministro do Trabalho na época, admitiu ter sido voto vencido na discussão.

Fonte: DCM

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