quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Lula faz reunião com os 38 ministros sem hora para acabar e vai cobrar combatividade e criticar acomodação

 Pauta é o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento


Os 38 ministros e os presidentes das estatais são esperados para a reunião ministerial convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a manhã desta quinta-feira (8).


O encontro acontece após o governo anunciar um congelamento de R$ 15 bilhões na verba dos ministérios. O objetivo do corte é cumprir a meta de déficit zero do arcabouço fiscal.


Conforme a CNN apurou, a expectativa é de que o presidente cobre dos ministros um planejamento para o próximo um ano e meio. Com a aproximação das eleições presidenciais de 2026, a ideia é mostrar que o governo fez entregas ao longo da gestão.


No Palácio do Planalto, a avaliação é de que o governo está órfão de ministros combativos como Flávio Dino, indicado por Lula para o Supremo no final de 2023.


Além das cobranças, o presidente passará orientação a como seus ministros devem se portar durante a campanha para as eleições municipais de outubro deste ano.


Como será a reunião?

Cada ministro terá aproximadamente cinco minutos para expor os planos para os próximos anos. Além do presidente Lula, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) devem ter falas mais extensas na reunião.


Padilha deve falar sobre pautas prioritárias para o governo no Congresso, e Haddad, apresentar um panorama sobre o contexto econômico do país.


Uma das cobranças que Lula fará, segundo apurado pela imprensa, será por mais “combatividade” por parte de seus ministros na defesa do governo como um todo.


O presidente, de acordo com auxiliares próximos, estaria incomodado com a “acomodação” de alguns ministros e os quer mais atuantes em defesa do governo.


Congelamento afetará Esplanada

Um decreto publicado pelo governo na última semana determina bloqueio de R$ 11,2 bilhões e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões do Orçamento.


O congelamento de verbas vai impactar em diversos ministérios, mas os mais afetados serão os da Saúde (R$ 4,4 bilhões), Cidades (R$ 2,1 bilhões), Transportes (R$ 1,5 bilhão) e Educação (R$ 1,2 bilhão).


O bloqueio de despesas discricionárias ocorre quando as despesas obrigatórias ultrapassam o teto previsto pelo arcabouço fiscal, que é de 70% do crescimento da receita acima da inflação.


Já o contingenciamento ocorre quando existe descasamento entre as receitas e as despesas previstas para o ano e o débito ultrapassa as receitas, comprometendo a meta fiscal do governo.


Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil e da coluna do repórter Guilherme Amado do portal Metrópoles

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