O ensino da Língua Brasileira de Sinais na rede municipal de educação de Apucarana está recebendo avaliações positivas por parte das famílias dos estudantes. A disciplina foi implantada no currículo em 2022. Desde então, todas as crianças, surdas e ouvintes, matriculadas nas turmas de 1º ao 5º Ano das 36 escolas municipais, vem participando das aulas e aprendendo a se comunicar em Libras.
O prefeito Junior da Femac destaca que Apucarana passou a fazer parte da Associação Internacional de Cidades Educadoras, com sede em Barcelona, na Espanha. “Um dos princípios da Carta das Cidades Educadoras prevê que os municípios associados devem promover uma educação inclusiva ao longo da vida. É isso que procuramos fazer aqui. Afinal, um lugar só pode ser considerado bom para se viver quando todos os seus cidadãos sentem-se incluídos e valorizados,” afirma.
A secretária municipal de educação, Professora Marli Fernandes, lembra como foi o processo de implantação do ensino de Libras na rede municipal de Apucarana. “Para que a disciplina pudesse ser implantada no currículo, nós tivemos que investir primeiro na formação dos docentes. Desde 2014, a Autarquia Municipal de Educação, por meio do seu Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar, vem ofertando regularmente cursos de Libras, dos níveis básico, intermediário e avançado, aos professores e servidores da sua rede. As aulas da língua de sinais começaram a ser ministradas aos alunos, nas escolas, em 2022. No mesmo ano, nós ampliamos a oferta dos cursos de formação em Libras para as famílias dos estudantes e a comunidade,” detalha ela.
Edna Marciano é mãe da estudante Manuelly Vitória Marciano Teodoro, da turma de 3º Ano, da Escola Municipal José de Alencar. A menina possui implantes cocleares. “Eu estou amando ver o desenvolvimento da minha filha. A gente vê que ela está aprendendo muito bem, tanto a língua portuguesa como a Libras. Na última vez que fomos a Curitiba, a fonoaudióloga de lá também elogiou o desenvolvimento dela. Eu só tenho a agradecer,” disse.
Já Leandra Gomes Corrêa é mãe do estudante Willian Corrêa, do CMEI Olívio Fernandes. “O meu filho tem três anos. Nós descobrimos que ele não conseguia ouvir quando ele tinha apenas nove dias de vida, por meio do teste da orelhinha. Aliás, esse é um teste de muita importância. Hoje, meu filho tem um implante coclear. Ele freqüenta o CMEI Olívio Fernandes e também está matriculado em uma Sala de Recursos Multifuncionais. Para conseguir me comunicar melhor com meu filho, eu ainda participo do curso de Libras, ofertado gratuitamente pela Autarquia de Educação para os pais e a comunidade na Escola Antônio Braga Côrtes,” comenta.
Atualmente, oito estudantes surdos ou com implantes cocleares estão matriculados nos centros infantis (CMEIs) e escolas municipais de Apucarana.
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