sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Hugo Calderano pode ser primeiro finalista no tênis de mesa olímpico não chinês em 20 anos, e primeiro não asiático do século

 Das 9 finais em apenas duas havia a presença de um atleta sem ser da China ou da Coréia do Sul


Ao entrarem em ação nesta sexta (02), às 9h30, Hugo Calderano e o sueco Truls Moeregaardh vão definir quem será o primeiro finalista olímpico não asiático de tênis de mesa no século. Desde Pequim-2008, apenas chineses chegaram às finais de tênis de mesa masculino. Jan-Ove Waldner, também da Suécia, foi o último mesatenista não asiático a ter chegado a uma final de uma Olimpíada, em Sidney-2000.


O tênis de mesa entrou no programa olímpico em 1988, na Olimpíada de Seul. Das nove finais disputadas desde aquela edição, a Coréia do Sul ou, principalmente, a China, estiveram representadas em oito. No período, apenas dois não asiáticos chegaram às finais: Jan-Ove Waldner, por duas vezes, e o francês Jean-Philippe Gatien. Os dois, inclusive, fizeram a única final sem a presença de Coreia ou China, em Barcelona-1992, que terminou com a vitória do sueco.


Nas últimas décadas, a China vem dominando o torneio. Desde Pequim-2008, apenas chineses disputaram a final. Das 18 vagas em finais ao longo de todos os torneios, 12 foram ocupadas por chineses, e três por sul-coreanos. Em Atenas-2004, a Coréia do Sul conquistou seu último ouro, com Ryle Seung-min.


A semifinal de Calderano já significa a maior marca da história do Brasil na modalidade. Agora ele luta para um novo feito inédito, que seria uma final olímpica, a primeira das Américas, se tornando o terceiro não asiático da história a chegar nas finais. Na outra semifinal, se enfrentam o francês Félix Lebrun e o chinês Fan Zhendong.


Considerando o ranking mundial de tênis de mesa, Calderano pode ser apontado como favorito, pois é o 6º colocado, enquanto o seu adversário, o sueco Truls Moeregaardh, é o 26º. Mas, Moeregaardh foi o responsável por eliminar o atual melhor do mundo, o chinês Wang Chuquin.


Recordista sulamericano


Nesta quinta (1), ao passar das quartas de finais, Hugo Calderano se tornou o brasileiro e o sulamericano com mais vitórias olímpicas no torneio. Em sua terceira participação, Calderano chegou à nona vitória em Jogos e igualou Hugo Hoyama, que disputou seis edições entre Barcelona-1992 e Londres-2012. A diferença é que enquanto Calderano se dedica apenas às partidas de simples, Hoyama competiu nas chaves individual, duplas masculinas, duplas mistas e equipe.


A trajetória olímpica de Calderano começou no Rio-2016, quando venceu três partidas e chegou às oitavas de final. Já em Tóquio-2020, após estrear na terceira fase, precisou de apenas duas vitórias para alcançar às quartas de final. Agora, em Paris-2024, superou quatro adversários para atingir às semifinais.


— É claro que todas essas estatísticas me dão bastante motivação, gosto de ver bastante esses dados, mas no momento o mais importante é estar na semifinal e brigar pelo título — finalizou o brasileiro, que está na semifinal de Paris-2024.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

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