segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Homem é preso por queimar fazendas e diz que motivação foi “política”

 

Lucas Vieira de Lima, preso por queimadas em Goiás. Foto: reprodução

No último sábado (24), Lucas Vieira de Lima, de 29 anos, foi preso em Bom Jardim (GO) acusado de atear fogo em fazendas de Goiás. Em depoimento na delegacia, ele alegou que o incêndio foi motivado por questões políticas. “A motivação foi política, mas o interrogado não sabe detalhes sobre os fatos. Que o mandante do crime não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”, relatou Lucas, um salgadeiro que declarou ter recebido cerca de R$ 300 para provocar as chamas.

A Polícia Militar de Goiás estimou que aproximadamente 700 hectares foram queimados e classificou o prejuízo como “incalculável”. Lucas, que afirmou ter problemas psiquiátricos, foi preso em flagrante enquanto tentava incendiar um pasto na rodovia BR-158. Ele entregou a identidade de um suposto mandante, Rogério Silva, um pedreiro de 33 anos, que também reside na região.

Segundo o Metrópoles, Rogério negou qualquer envolvimento. “Eu nem atuo no meio político. Eu faço trabalho braçal, eu sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre”, afirmou. Ele confirmou conhecer Lucas de vista, uma vez que o salgadeiro trabalha em uma lanchonete frequentada por caminhoneiros na área.

O delegado Fábio Marques, responsável pelo caso, mencionou que a motivação política e o suposto mandante foram informados de maneira informal. “Não há confirmação disso nos autos, pelo menos por enquanto. O que se tem até agora é o dolo de provocar dano”, disse.

A polícia apreendeu o celular e R$ 307 em espécie que estavam com Lucas no momento da prisão e solicitou uma vistoria para avaliar o dano causado pelo incêndio. Ainda não está claro se a fazenda destruída pertence a um político.

Lucas foi libertado após audiência de custódia no domingo (25). A juíza Leila Cristina concedeu liberdade provisória com a condição de que Lucas não participe de atividades políticas, especialmente durante o período eleitoral, e se apresente quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento psiquiátrico, alegando ser diagnosticado com esquizofrenia.

Fonte: DCM

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