domingo, 25 de agosto de 2024

Hamas rejeita novas condições israelenses em negociações de cessar-fogo

 

Meses de conversações intermitentes não conseguiram chegar a um acordo para pôr fim ao genocídio em Gaza

A morte de 60 manifestantes em um único dia mostra toda a tragédia da questão palestina e da incapacidade dos atores responsáveis pela atual situação, de encontrarem uma solução pacífica (Foto: Mauro Nadvorny)

CAIRO (Reuters) - O Hamas disse neste domingo que rejeita as novas condições israelenses apresentadas nas negociações de cessar-fogo em Gaza, lançando mais dúvidas sobre as chances de um avanço no mais recente esforço apoiado pelos Estados Unidos para acabar com a guerra de 10 meses.

Meses de conversações intermitentes não conseguiram chegar a um acordo para pôr fim à devastadora campanha militar de Israel em Gaza ou libertar os reféns restantes capturados pelo Hamas no ataque do grupo militante a Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Os principais pontos de atrito nas negociações em andamento mediadas pelos EUA, Egito e Catar incluem a presença israelense no chamado Corredor Philadelphi, uma estreita faixa de terra de 14,5 quilômetros ao longo da fronteira sul de Gaza com o Egito.

O Hamas disse que Israel recuou em seu compromisso de retirar as tropas do Corredor e apresentou outras novas condições, incluindo a triagem dos palestinos deslocados quando eles retornarem ao norte do enclave, mais densamente povoado, quando o cessar-fogo começar.

"Não aceitaremos discussões sobre retrocessos em relação ao que foi acordado em 2 de julho ou novas condições", disse o oficial do Hamas Osama Hamdan à TV Al-Aqsa do grupo no domingo.

Em julho, o Hamas aceitou uma proposta dos EUA para iniciar conversações sobre a libertação de reféns israelenses, incluindo soldados e homens, 16 dias após a primeira fase de um acordo que visava acabar com a guerra de Gaza, disse uma fonte sênior do Hamas à Reuters.

Hamdan também disse que o Hamas entregou aos mediadores sua resposta à última proposta, afirmando que a conversa dos EUA sobre um acordo iminente é falsa.

Fonte: Brasil 247

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