domingo, 25 de agosto de 2024

'Exemplo a não seguir', diz diretor do Banco Central da Colômbia sobre possível aumento de juros no Brasil

 

Mauricio Villamizar disse que essa mudança na política monetária não pode ser vista como "saudável" do ponto de vista econômico

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

A possibilidade de aumento da taxa de juros básica (Selic) no Brasil após um ciclo recente de cortes foi criticada até mesmo fora do país. Segundo a CNN, Mauricio Villamizar, diretor do Banco Central da Colômbia, afirmou que o Brasil “é um exemplo a não seguir”.

“O Brasil não apenas interrompeu seus cortes de juros, assim como o Peru e o México, mas há uma expectativa de que possam reverter o curso e começar a aumentar as taxas de juros”, ressaltou Villamizar durante um evento realizado na quinta-feira. Ainda segundo ele, essa mudança na política monetária não pode ser vista como “saudável” do ponto de vista econômico e que, por isso, o Brasil é um exemplo a ser evitado.

Para o diretor do Banco Central colombiano, as autoridades monetárias precisam se esforçar para adotar estratégias sustentáveis no combate à inflação. Dessa forma, retrocessos – como o aumento dos juros esperado no Brasil – devem ser evitados.

No final de sua palestra, Villamizar enfatizou que o principal objetivo da política monetária deve ser criar condições para o crescimento econômico. “Maior crescimento possível durante o maior tempo possível. Isso só é consistente com taxas baixas no futuro”, afirmou.

O Banco Central da Colômbia enfrenta pressão do presidente Gustavo Petro para acelerar o ritmo de cortes de juros. Na sexta-feira, Petro utilizou as redes sociais para defender a redução da taxa básica colombiana, argumentando que essa medida liberaria recursos do Tesouro para o Orçamento, os quais poderiam ser destinados a outros gastos

Petro também mencionou Jerome Powell, presidente do Banco Central dos Estados Unidos (FED), que, no mesmo dia, indicou em um discurso que “chegou a hora” de mudar a política de juros, com uma possível redução das taxas.

Fonte> Brasil 247 com informações da CNN

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