segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Ex-assessor solicita impedimento de Alexandre de Moraes em inquérito que apura vazamento de mensagens

 

No documento enviado à presidência do STF, Eduardo Tagliaferro e seus advogados afirmam que "o ministro é diretamente interessado no feito"

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, solicitou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o afastamento do ministro Alexandre de Moraes como relator no inquérito que investiga o vazamento de mensagens trocadas por assessores do magistrado no STF e no TSE, alegando “nítido interesse na causa”.

A solicitação, segundo o Metrópoles, foi feita após Tagliaferro ter sido intimado pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações. As conversas entre o ministro e seus assessores foram reveladas em uma reportagem da Folha de S.Paulo, no dia 13 de agosto, apontando uma possível atuação de Moraes fora dos procedimentos formais em ações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. .

Na quarta-feira (21), Moraes instaurou um inquérito para apurar o vazamento das conversas. No documento assinado por Tagliaferro e seus advogados, é afirmado que "o ministro é diretamente interessado no feito" e, por isso, estaria impedido de atuar no processo devido à "inadmissível ausência de imparcialidade". Neste domingo (25), porém, o magistrado solicitou à secretaria judiciária que reautuasse o inquérito, reduzindo-o a uma investigação preliminar.

Tagliaferro, que foi auxiliar de Moraes, destacou na solicitação que o ministro se autoproclamou relator do inquérito e tomou medidas relevantes antes mesmo de o caso ser distribuído formalmente. Ele argumenta que "tal inquérito não poderia existir" e deveria ter sido encaminhado às autoridades competentes de forma imparcial.

Fonte: Brasil 247

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