sábado, 24 de agosto de 2024

Do esconderijo às redes: fugitivos do 8/1 reaparecem em vídeo e convocam manifestação contra Moraes

 

Extremistas que se autodenominam "exilados políticos" na Argentina gravaram vídeo em que se identificam e convocam manifestações contra o ministro do STF

Alexandre de Moraes e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Ruters)

Militantes bolsonaristas que se autodenominam "exilados políticos" na Argentina identificaram-se em um vídeo convocando protestos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o dia 7 de setembro. Segundo o UOL, diversos desses militantes de extrema direita que fugiram para a Argentina foram condenados ou são investigados pelos ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro do ano passado. Entre eles, há foragidos que deixaram o Brasil após quebrar as tornozeleiras eletrônicas, 

Esta é a primeira vez que muitos deles aparecem em vídeo, revelando seus nomes e sobrenomes. Segundo relatos, esses foragidos também planejam um ato contra Moraes em Buenos Aires na mesma data. Moraes é o relator dos processos que investigam a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

O vídeo, que circula em aplicativos de mensagens usados por militantes bolsonaristas e de extrema direita no Brasil e na Argentina, mostra 30 militantes adultos, dos quais a identidade de 26 era desconhecida até então. Dois deles, Luiz Venâncio e Daniel Bressan, já haviam concedido entrevistas ao UOL, na Casa Rosada, onde exibiram suas solicitações de refúgio ao governo de Javier Milei e narraram sua fuga do Brasil. Ainda segundo a reportagem, menores de idade também aparecem no vídeo e são apresentados como “filhos de exilados”.

A convocação dos protestos ocorre após a Folha de S.Paulo divulgar trocas de mensagens entre um juiz e um perito judicial que auxiliavam o ministro no STF e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As mensagens sugerem que Moraes teria agido fora dos procedimentos habituais para investigar bolsonaristas. O gabinete do ministro, porém, afirmou que todas as ações foram oficiais e documentadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

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