Cuba considera que Maduro denunciou a tentativa de golpe de “maneira demolidora”
Prensa Latina - O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, ressaltou neste sábado (3) a disposição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de se apegar à Constituição e resolver as diferenças políticas sob a lei.
Na rede social X, o chanceler cubano afirmou que essa vontade contrasta com a premeditada e acelerada coordenação entre o imperialismo e as oligarquias que tentam substituir as instituições e processos estabelecidos nesse país sul-americano.
Nesta jornada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ratificou os resultados das eleições presidenciais do último domingo, nas quais Nicolás Maduro saiu vitorioso, com 51,95% dos votos, após contabilizar 96,87% da transmissão das atas.
No processo, realizado com observação internacional, incluindo o Centro Carter e um painel de especialistas das Nações Unidas, seu mais próximo concorrente, o opositor da Plataforma Unitaria Democrática, Edmundo González, obteve cinco milhões 326 mil 102 votos, o que corresponde a 43,18% das cédulas.
No entanto, as autoridades dessa nação denunciaram uma campanha internacional para desconhecer os resultados e estimular a violência interna.
O chefe de Estado venezuelano revelou na véspera outro plano da ultradireita e seus chamados "comanditos" que pretendem atacar com granadas e outras armas a urbanização de classe média de Bello Monte, em Caracas.
Durante uma coletiva de imprensa no Salão Ayacucho do Palácio de Miraflores, sede do Governo, o chefe de Estado apontou que entre os participantes estão “delinquentes terroristas”, trazidos do estado de Zulia (noroeste), responsáveis por ataques a policiais em vários locais da capital.
O presidente reeleito ratificou que o ocorrido na Venezuela após as eleições é um golpe de Estado dirigido pelos Estados Unidos e pela direita fascista internacional, junto ao magnata Elon Musk, ao presidente argentino, Javier Milei, e “toda essa podridão de fascistas e extremistas do mundo”.
Neste sábado, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, reiterou na rede social X o apoio a Nicolás Maduro, e afirmou que o reconhecimento imperial ao candidato perdedor é outra prova de quem são os responsáveis pela conspiração contra a Revolução Bolivariana.
Qualificou, também, de demolidora a denúncia de seu homólogo venezuelano.
Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina
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