Ministro da Agricultura defende visão contemporânea, que permita o desenvolvimento, geração de renda e acesso a produtos que hoje são importados
Plantas de cannabis dentro de estufa da Universidade Federal de Viçosa (MG)18/08/2021 (Foto: REUTERS/Washington Alves)
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e Ana Paula Porfírio, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério, se reuniram nesta quinta-feira (22) com o desembargador Marcos Machado, coordenador da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), para debater a regulamentação do plantio de cannabis no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), a falta de regulamentação impede o país de movimentar cerca de US$ 30 bilhões anuais no setor. A Abicann ressalta também que a agroindústria brasileira tem potencial para produzir cerca de 50 mil produtos derivados da planta, incluindo itens têxteis e materiais de construção, além dos produtos medicinais já viabilizados por meio de importação.
O cânhamo industrial é um exemplo de versatilidade, podendo ser utilizado em diversos setores, como o de biocombustíveis e construção civil. Em apenas um hectare, é possível cultivar até 560 mil plantas, gerando uma produção expressiva de fibras, sementes e flores medicinais.
No encontro, Fávaro reforçou a importância de um Ministério da Agricultura "contemporâneo", capaz de atender às necessidades do setor produtivo e criar oportunidades de renda para a população, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento do país. Os participantes da reunião também discutiram as experiências internacionais bem-sucedidas no cultivo de cannabis e seus possíveis impactos no sistema produtivo brasileiro.
Fonte: Brasil 247
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