A manifestação vai ocorrer em 7 de setembro, dia da Independência do Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, que irá à manifestação pró-impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 7 de setembro.
O ato, como a coluna noticiou na quinta-feira (15/8), está sendo organizado pelo pastor Silas Malafaia. Oficialmente, a manifestação terá como principal pauta a defesa do “Estado Democrático de Direito”.
Aliados de Moraes têm uma suspeita sobre como mensagens vazaram.
O próprio Malafaia, porém, disse que ele e outros bolsonaristas, como o senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), farão “discursos duros” contra Moraes durante o ato.
O pastor já tinha adiantado à coluna que esperava a presença de Bolsonaro, mas previu que o ex-presidente não deve fazer discurso contra o ministro, por ser alvo de inquéritos relatados por Moraes.
Malafaia contou que já tinha reservado a Paulista junto à Prefeitura de São Paulo há cerca de 10 dias. Antes, portanto, da reportagem do jornal Folha de S. Paulo que acusou Moraes de fazer uso extraoficial do TSE
Após a matéria, o pastor acredita que o protesto ganhará força. “Há uma pressão gigante do povo de se fazer uma manifestação e pedir impeachment de Alexandre de Moraes”, disse.
O que diz a reportagem sobre Moraes
O jornal Folha de S. Paulo revelou mensagens trocada por um juiz auxiliar de Moraes no STF com pedidos extraoficiais do ministro a integrantes do setor de combate à desinformação do TSE.
Segundo a matéria, Moraes pedia para o setor da Corte Eleitoral elaborar materiais que embasariam suas decisões no inquérito das fake news, que tramita em outro tribunal, o Supremo.
O jornal Folha de S. Paulo diz que obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, e não por interceptação ilegal ou acesso hacker.
Moraes nega irregularidades
Em nota, o gabinete de Moraes sustentou que não houve irregularidades nos pedidos feitos pelo ministro a órgãos do TSE durante a investigação dos inquéritos das fake news e lembrou que a Corte Eleitoral tem poder de polícia.
Em manifestação no plenário do STF na quarta-feira (14/8), Moraes também argumentou que o “caminho mais eficiente para a investigação naquele momento era a solicitação (de relatórios) ao TSE”.
O ministro afirmou ainda que as informações solicitadas eram objetivas e públicas e que “lamentavelmente, num determinado momento, a Polícia Federal pouco colaborava com as investigações”.
“Seria esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (à época) me auto oficiar”, afirmou Moraes.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
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