sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Barroso rejeita pedido do Congresso para derrubar suspensão de pagamentos de emendas impositivas

 

Presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, defende solução consensual entre os Três Poderes para a questão das emendas parlamentares

Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou na madrugada desta sexta-feira (16) o pedido do Congresso Nacional para anular a decisão do ministro Flávio Dino, que suspendeu o pagamento de emendas impositivas.

Segundo a CNN Brasil, Barroso justificou que a intervenção da presidência do STF deve ocorrer apenas em situações excepcionais, destacando que a decisão de Dino "sinaliza a possibilidade de construir uma solução consensual para a questão, em reunião institucional com representantes dos Três Poderes".

O pedido, encaminhado diretamente ao presidente do STF, foi assinado pelas mesas diretoras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, com apoio de partidos como PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, Solidariedade, PSDB, MDB, PDT e PT.

Nesta sexta, o STF também iniciou o julgamento sobre as restrições ao pagamento das “emendas PIX” e a suspensão das emendas impositivas. Os ministros têm 24 horas para avaliar as decisões monocráticas do ministro Flávio Dino, que exigiu que as emendas sigam critérios de publicidade, transparência e rastreabilidade.

Até o momento, os votos computados são dos ministros Flávio Dino, André Mendonça e Edson Fachin. Ambos votaram a favor da manutenção da suspensão das emendas parlamentares impositivas até que o Congresso estabeleça novos critérios de transparência.

No seu voto, o ministro Flávio Dino, relator da ação, mencionou que reuniões estão em andamento para se alcançar uma solução consensual que melhore a transparência na execução das emendas. Mendonça, por sua vez, também destacou o esforço para se chegar a um consenso entre os Poderes sobre as emendas impositivas.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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