sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Assessores e defesa de Bolsonaro orientam que ex-presidente não se pronuncie sobre ataques da Folha a Moraes

 Ex-presidente é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal comandados pelo ministro


Se for seguir a estratégia sugerida por assessores e advogados, o ex-presidente Jair Bolsonaro não dirá nenhuma palavra e nem fará postagens ou comentários sobre o caso das mensagens entre auxiliares de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o inquérito das fake news, informa a coluna de Malu Gaspar, no jornal O GLOBO.


Desde que reportagens da Folha de S. Paulo acusaram Moraes de sair do “rito” em investigações contra o ex-mandatário no TSE, senadores bolsonaristas se movimentaram para apresentar um novo pedido de impeachment para se juntar aos 22 que já existem.Eduardo Girão (Novo-CE) articula a coleta de assinaturas de outros parlamentares, enquanto Damares Alves (Republicanos-DF) acionou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a investigação dos juízes auxiliares de Moraes.


Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acusou o ministro de “fabricar crimes contra adversários políticos” e cometer um “atentado à democracia”.


Apesar de toda essa movimentação, aliados de Bolsonaro dizem que o ex-presidente corre o risco de “bolsonarizar” as críticas a Moraes se fizer algum comentário público, o que poderia vir a prejudicar a má repercussão do episódio fora da bolha da direita.


Ministros do presidente Lula e parlamentares da base aliada já vieram a público em defesa do ministro do Supremo, mas parte da opinião pública tem manifestado críticas a ele.


Outra razão para o silêncio de Bolsonaro é o fato de seus estrategistas acreditarem que qualquer movimento em falso do ex-presidente no momento pode criar dificuldades para ele nos inquéritos das fake news e da trama golpista.


Pelo que tem dito os policiais federais ligados a este último inquérito, que apura o suposto plano de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022 e impedir a posse de Lula em janeiro de 2023, o relatório final deve sair até setembro, e Bolsonaro muito provavelmente será indiciado.


O ex-ocupante do Palácio do Planalto já foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito do caso das joias sauditas. O caso está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se denuncia ou não Bolsonaro pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

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