Ministro apontou que as plataformas lucram com eventos violentos
Alvo de uma articulação bolsonarista e internacional de extrema-direita, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes se pronunciou nesta quarta-feira (14). Ele vem sendo atacado desde a divulgação, pelo jornalista Glenn Greenwald, na Folha de São Paulo, de uma reportagem acusando o magistrado de procedimentos irregulares na condução de inquéritos contra bolsonaristas no STF.
Após o bilionário Elon Musk, dono da plataforma social X (antigo Twitter), divulgar ataques ao Judiciário brasileiro e desrespeitar ordens do ministro contra bolsonaristas, Moraes voltou a enfatizar a importância de regular as plataformas, ao falar em evento realizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja).
"As plataformas querem que a mão invisível de Adam Smith solucione os problemas. Elas se denominam empresas de tecnologia, mas são as empresas de publicidade que mais faturaram nos últimos anos" As declarações foram citadas pela agência O Estado de São Paulo.
"O poder Judiciário como um todo, inclusive o STF", está começando a aplicar as normas do mundo real no mundo virtual, disse Moraes. De acordo com o ministro, o Congresso se omite sobre a questão. "Quando essa norma específica vier, ela vai ser aplicada", disse.
Nesse sentido, ele apontou que as plataformas lucram com eventos violentos, como os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. "As plataformas foram ou não instrumentalizadas para a tentativa de um golpe de Estado no Brasil? A resposta é o dia 8", afirmou Moraes. Ele não citou diretamente as acusações de Greenwald.
Em resposta às acusações, o gabinete de Moraes divulgou uma nota na noite desta terça-feira (13), esclarecendo que o ministro possui a prerrogativa de solicitar informações a outros órgãos públicos para fundamentar suas investigações. Segundo o documento, Moraes seguiu os procedimentos oficiais ao requisitar dados de diversos órgãos, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por ele na época.
fonte: Brasil 247
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