Blogueiro bolsonarista também disparou insultos ao ministro do STF após ser alvo de mandado de prisão
Protegido nos Estados Unidos pelos crimes que cometeu no Brasil como blogueiro bolsonarista, Allan dos Santos desafiou a mais recente ordem de prisão do Supremo e se vangloriou de estar fora do alcance da Justiça brasileira.
"Precisa pedir pro Mickey", escreveu em suas redes sociais. Também desafiou Moraes a ir até Orlando, Flórida, para prendê-lo, e chamou o magistrado de "psicopata" e "ditador de merda".
ENTENDA O STATUS LEGAL DO BLOGUEIRO - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (14) uma operação que tem como alvo blogueiros bolsonaristas acusados de ameaçar e intimidar membros da corporação. Entre os investigados estão Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, ambos vivendo no exterior e considerados foragidos. Os novos mandados de prisão contra os dois influenciadores de extrema direita foram emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, Allan dos Santos vive nos EUA e conseguiu algumas medidas protetivas do país para não ser extraditado. Em 2023, após uma ordem de prisão expedida, o Brasil solicitou a cooperação dos Estados Unidos, através do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional), e encaminhou o pedido à Interpol para inclusão na difusão vermelha. Normalmente, a inclusão ocorre de forma ágil, mas não foi o que aconteceu neste caso específico.
Em janeiro de 2023, o Ministério da Justiça entrou em contato com o governo dos Estados Unidos e a Interpol, em Lyon (França), com o objetivo de acelerar o processo de extradição. No entanto, desde então, os trâmites não avançaram, e a percepção no ministério é de que um desfecho favorável é improvável. Isso se deve às divergências jurídicas entre a abordagem dos Estados Unidos e a brasileira em relação à liberdade de expressão.
Em julho de 2024, o governo brasileiro reiterou o pedido de extradição do blogueiro Allan dos Santos, que segue foragido nos Estados Unidos, durante conversa entre o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e outro representante da diplomacia americana. Nada ainda foi feito.
Fonte: Brasil 247
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