terça-feira, 2 de julho de 2024

Valdemar volta a pedir a Moraes permissão para se encontrar com Bolsonaro

 Presidente do PL afirma que proibição atrapalha elaboração de estratégias do partido para as eleições


O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, solicitou novamente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permissão para retomar o contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes das eleições municipais.


A defesa do político entrou com o pedido no último dia 24, solicitando que ambos possam trabalhar no mesmo ambiente e realizar reuniões. Essa restrição foi imposta após uma operação que investiga um plano de golpe de Estado em 2022.


Além do contato com Bolsonaro, Valdemar solicitou a devolução de seu passaporte e dos computadores do PL, apreendidos em fevereiro pela Polícia Federal (PF). Valdemar afirma colaborar com o Judiciário e nega envolvimento na suposta trama golpista.


O recurso é considerado uma “última cartada” do PL. Se negado, a defesa pretende solicitar uma decisão do colegiado, já que a restrição atual é uma decisão monocrática de Moraes.


Itens pessoais de Valdemar, como uma pepita de ouro, relógios de luxo e uma arma com registro irregular, apreendidos pela PF, não serão requisitados de volta. A defesa argumenta que os requerimentos relativos à vida partidária devem ser separados dos bens materiais.


Valdemar frisou a necessidade de retomar o diálogo com Bolsonaro para facilitar as decisões do partido, especialmente com a proximidade das eleições. Os dois líderes, junto com o general Walter Braga Netto, realizavam reuniões semanais para definir as estratégias do PL, que planeja lançar 3.000 candidatos às prefeituras do país.


Os três são alvos de investigação da PF sobre a suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas todos negam participação.


Desde a restrição, Valdemar e Bolsonaro adotaram táticas para evitar encontros na sede do PL, em Brasília. Alternam horários e rotas para evitar cruzar-se e mantêm seguranças informados sobre suas movimentações. A lentidão nas decisões partidárias e a necessidade de mediação entre os líderes têm causado desconforto e dificuldades no fluxo de trabalho do partido.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

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