Quando fundou a Incomoda, Leila Sales quis desmistificar o conceito de que brechó só vende roupa em desuso ou de má qualidade
Beatriz Bevilaqua, 247 - Segundo dados apresentados pelo Sebrae, houve um notável crescimento de 30,97% dos brechós ao longo dos últimos cinco anos. Neste episódio do Empreender Brasil, na TV 247, falamos sobre moda circular e como podemos reduzir o desperdício e aumentar o ciclo de vida das peças de roupa.
Entrevistamos a empreendedora Leila Sales, criadora do brechó Incomoda, que vende peças com preços até 80% mais baixos que o valor original do produto. “Eu era consultora de imagem e vendo minhas clientes querendo se desfazer de tantas vestimentas em ótima qualidade, comecei a organizar feiras de roupas. Vi muito interesse do público e a possibilidade de criar um brechó me veio à cabeça”, disse Leila.
Desde pequena, a paulista tinha contato com roupas de segunda mão, pois sua mãe consumia em brechós de igrejas e centros espíritas. Ao mesmo tempo, ela via o preconceito e o estigma sobre os espaços que vendiam roupas usadas. “Quando fundei a Incomoda, quis desmistificar o conceito de que brechó só vende roupa ruim. Um brechó pode ser lindo, cheiroso e ter peças super modernas. Temos mais de 1.400 fornecedores de peças e fazemos uma curadoria bastante rígida do que vendemos”, explicou.
Hoje a empreendedora possui duas lojas físicas na cidade de São José dos Campos (SP) e também vende pela internet para todo o Brasil. São peças versáteis e de marcas brasileiras e internacionais. O brechó só não recebe roupas com pele de animais, pois atingiria um de seus valores fundamentais que é o amor pelos bichos. Para Leila, todo negócio precisa ter a essência do dono.
Leila imagina que num futuro próximo teremos mais brechós que lojas com roupas novas e mais engajamento da moda circular. Além disso, as marcas irão mudar o seu comportamento - cada uma terá o próprio brechó, para não perder notoriedade diante de um novo jeito de se consumir roupas.
Durante a entrevista ela desabafa sobre a montanha-russa de ter o próprio negócio, “a gente ri e a gente chora, mas segue o barco”. Além disso, a entrevistada deixa inúmeras dicas para quem quer empreender e não sabe por onde começar.
Assista na íntegra aqui:
Fonte: Brasil 247
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