Trabalho será realizado pelo jornalista Joaquim de Carvalho, um dos finalistas do prêmio iBest 2024
Na última quarta-feira, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, prestou um depoimento de quase sete horas à Polícia Federal, em que culpou seus assessores pelas atividades ilegais de espionagem de ministros do Supremo Tribunal Federal, políticos e jornalistas, assim como pela produção de dossiês que alimentavam o chamado "gabinete do ódio" bolsonarista.
Um desses assessores, chamado Marcelo Bormevet, foi preso no último dia 11 de julho, quando a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da Operação Última Milha, cumprindo mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP. O objetivo da operação era desmantelar uma quadrilha que utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro e para produzir dossiês utilizados no gabinete do ódio chefiado por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente.
Preso na operação, Bormevet desempenhou um papel central no chamado "evento de Juiz de Fora", que ocorreu no dia 6 de setembro de 2018 e mudou o destino do Brasil. Aquela data entrou para a história do Brasil como a data em que Adélio Bispo de Oliveira teria esfaqueado Jair Bolsonaro, permitindo ao candidato de extrema-direita não participar de debates eleitorais que poderiam demonstrar sua incapacidade para o cargo. Ao mesmo tempo, tal evento criou o "mito" do político que estava disposto a se sacrificar pelo Brasil, o que pavimentou seu caminho ao poder.
Foi Bormevet quem montou a estrutura de segurança paralela do então candidato, muito embora não tivesse atribuição para isso. Uma estrutura de segurança que, obviamente, falhou, uma vez que teria sido violada por um indivíduo com problemas mentais, que teria sido capaz de furar o cerco de seguranças e desferir um ataque contra o então candidato A despeito de sua "falha", Bormevet se tornou homem de confiança da família Bolsonaro. A tal ponto conseguiu indicar o hoje deputado Alexandre Ramagem para ser diretor da Abin no governo Bolsonaro. E Ramagem, por sua vez, o indicou como chefe do Centro de Inteligência Nacional do órgão.
Agora na mira da Polícia Federal, Ramagem culpa Bormevet, mas esta história precisa ser contada para que o Brasil conheça toda a verdade sobre o que ocorreu na "Abin paralela", denunciada pelo ex-ministro Gustavo Bebianno, no "gabinete do ódio" e também no "evento de Juiz de Fora", ocorrido em 6 de setembro de 2018.
Para realizar esta missão, não há ninguém mais capacitado do que o jornalista Joaquim de Carvalho, editor especial da TV 247, que já produziu documentários, com milhões de visualizações, sobre o caso Adélio e a máquina de fake news do bolsonarismo. Neste novo trabalho, Joaquim de Carvalho, que é também finalista do prêmio iBest, voltará a Juiz de Fora e mergulhará a fundo em todas as investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre estes episódios ainda nebulosos da história do Brasil. Você pode apoiar a realização deste trabalho no link catarse.me/espionagem ou enviando um pix para pix@brasil247.com.br. Neste caso, pedimos também que envie um email para o endereço contato@brasil247.com.br para que seu nome seja incluído entre os patrocinadores do projeto. Muito obrigado!
Fonte: Brasil 247
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