quarta-feira, 10 de julho de 2024

Servidores do INSS iniciam greve, afetando análise de benefícios e pente-fino anunciado pelo governo

 Concessões de aposentadorias, pensões e BPC devem ser prejudicadas

Nesta quarta-feira (10), servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) decidiram iniciar uma greve nacional em todo o país devido à falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial e valorização profissional. A paralisação impacta tanto os trabalhadores que atuam de forma presencial nas Agências da Previdência Social (APSs) quanto os que estão em regime de home office.


Representantes sindicais informaram que ainda não há um levantamento preciso sobre a adesão à greve, porém, esperam que a paralisação afete significativamente a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de recursos e revisões.


Também estão previstos impactos nos atendimentos presenciais, excluindo as perícias médicas, e no processo de pente-fino nos auxílios, medida proposta pelo governo Lula para reduzir despesas obrigatórias em R$ 25,9 bilhões.


O SINSSP-BR, sindicato nacional dos servidores do seguro social, reportou que aproximadamente 50% dos trabalhadores estão em regime remoto e aderiram à greve.


O INSS, por sua vez, declarou que até o momento não há informações sobre o fechamento de agências em relação ao atendimento ao segurado, garantindo que todos os canais remotos, como o aplicativo Meu INSS, o site institucional e a Central Telefônica 135, estão operacionais das 7h às 22h para atender à população.


O SINSSP e a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) afirmaram ter enviado ofícios ao governo federal para notificar sobre a greve dos servidores da carreira do seguro social. Está agendada uma reunião do comando de greve para esta sexta-feira (12), às 18h.


Os funcionários já estavam em “operação apagão”, reduzindo sua produção em 20%, conforme orientação sindical para não realizarem horas extras nem trabalho adicional no home office, afetando as metas de produtividade e os esforços para reduzir as filas de espera. As principais reivindicações incluem um reajuste salarial de 33% até 2026 e melhorias na valorização da carreira de técnico do seguro social.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

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