segunda-feira, 8 de julho de 2024

Roubo de joias: Bolsonaro "subtraiu diretamente" esculturas e relógio de luxo, diz PF


Foi retirado o sigilo da investigação da PF sobre o esquema de desvio de joias do acervo da Presidência

Joias árabes, Jair Bolsonaro com Michelle e Polícia Federal (Foto: Reprodução/Twitter | REUTERS/Ueslei Marcelino | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. Conforme a investigação, Bolsonaro "subtraiu diretamente" esculturas douradas de um barco e uma árvore, além de um relógio Patek Philippe, sem o registro no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência. A PF identificou que o esquema criminoso no governo de Bolsonaro utilizava duas estratégias para desviar joias e presentes valiosos recebidos devido ao seu cargo.

O relógio Patek Philippe Calatrava foi presenteado a Bolsonaro durante uma visita ao Reino do Bahrein em novembro de 2021 e, posteriormente, vendido em uma loja especializada nos Estados Unidos em junho de 2022. As esculturas douradas, entregues a Bolsonaro durante viagens aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein no mesmo mês, também foram desviadas do acervo público e levadas para os EUA no avião presidencial. Tentativas de vender essas esculturas em Miami fracassaram, pois não eram de ouro maciço como o grupo acreditava.

As esculturas e o relógio ainda não foram recuperados pela PF, que estima que o valor total dos itens desviados pela associação criminosa chegue a aproximadamente US$ 4,55 milhões (R$ 25,3 milhões). O general Mauro Cesar Cid, pai do delator Mauro Cid, também está envolvido na tentativa de venda dos presentes subtraídos diretamente por Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações de O Estado de S. Paulo

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