Advogada Juliana Bierrenbach disse que recebia orientações sobre o caso pela sua ex-sócia "e que o cliente as teria recebido do Ramagem"
A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, reafirmou em postagens nas redes sociais que sua então sócia, Luciana Pires, recebia orientações de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sobre como obter provas para anular a investigação da Receita Federal contra o parlamentar.
”O fato é que a outra advogada [Luciana Pires], que atuava no caso e que conduzia o caso, na época me enviou as mensagens. Foi ela quem disse que havia recebido as mensagens do cliente [Flávio Bolsonaro]. E que o cliente teria as recebido do Ramagem”, afirmou Bierrenbach no Instagram, de acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
“Quem deve explicar essa história é ela [Pires]. O que eu posso garantir é que eu recebi as mensagens diretamente dela”, completou.
Na postagem, ainda de acordo com a reportagem, Bierrenbach destacou que Pires enviou mensagens confirmando o recebimento das orientações de Flávio Bolsonaro e que ela própria recebeu essas mensagens diretamente de Pires. Em agosto de 2020, Juliana, Luciana, Bolsonaro, Ramagem e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno participaram de uma reunião no Palácio do Planalto, gravada secretamente por Ramagem, onde discutiram meios para provar uma suposta atuação ilegal da Receita Federal contra Flávio Bolsonaro.
Os relatórios de Ramagem, cuja autenticidade na época foi confirmada pela defesa do senador, detalhavam o funcionamento de uma suposta organização criminosa na Receita Federal, que teria acessado ilegalmente os dados fiscais de Flávio Bolsonaro. Um dos documentos da Abin mencionava a finalidade de "defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB". Os documentos teriam sido enviados por WhatsApp para Flávio e repassados para sua advogada Luciana Pires. Ramagem sempre negou qualquer relação com os relatórios.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles
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